sábado, 9 de julho de 2011

Onde fica a sua Pasárgada?

"Vou-me embora pra Pasárgada, aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconsequente, que Joana, a Louca de Espanha
Rainha e falsa demente, venha a ser contraparente 
Da hora que nunca tive.

E como farei ginástica, andarei de bicicleta
Montarei em burro brabo, subirei no pau-de-sebo
Tomarei banhos de mar!
E quando eu estiver cansado
Deito na beira do rio
Mando chamar a mãe- d'água pra me contar histórias
Que no tempo de eu menino, Rosa vinha me contar.
Vou-me embora pra Pasárgada...

E quando eu estiver mais triste, mas triste de não ter feito
Quando de noite me der vontade de me matar...
Vou-me embora pra Pasárgada..."
Manuel Bandeira - Estrela da Vida Inteira

Nesse poema, Bandeira cria seu próprio refúgio para os males vividos em sua época. Assolado pela tuberculose, o famoso "Mal do Século", encontra um lugar onde tudo é perfeito.
Cada qual temos nossos próprios refúgios, lugares utópicos ou não, para descarregarmos todos males e frustrações do nosso cotidiano. 
E você, onde fica a sua Pasárgada?

quinta-feira, 7 de julho de 2011

O ser humano só morre quando deixa de sonhar...

ATENÇÃO: ANTES DE LER O TEXTO ASSISTA O VÍDEO, SENDO VOCÊ VESTIBULANDO OU NÃO: http://youtu.be/qlFb86Pg5Uw  


"Eles não sabem, nem sonham, que o sonho comanda a vida. Que cada vez que um homem sonha, o mundo gira e avança feita bola colorida nas mãos de uma criança." Esse trecho do poema português "Pedra Filosofal" marca a abertura do texto de hoje. SONHOS, assim mesmo, em caixa alta, o famoso caps lock. Qual o seu maior sonho? Já atingiu algum grande objetivo ou meta? O que passou ou quais as dificuldades que te impedem de transformar tal ambição em concreta realidade?
Sonhar faz parte do ser humano, é o seu combustível para seguir a vida de forma a não entrar em rotina ou monotonia. Sem sonhos, planos, desejos, o indivíduo viveria sem finalidade ou serventia alguma. Nesse mesmo poema, o autor ainda lança " o ser humano MORRE quando para de sonhar". Você já se imaginou sem ter alvos para atingir? Já pensou o que seria da sua vida sem sonhos?
Para quem vive na "bolha" do vestibular, mais especificamente aqueles que almejam cursos concorridos e olha eu aqui inserida novamente, sabe o significado de batalhar por um sonho. Se assim não o fosse, talvez jamais se obteriam os resultados positivos traduzidos na aprovação. Horas, dias, finais de semana, feirados e inúmeros outros momentos dos quais abrimos mão para nos dedicar mais intensamente aos estudos. Tudo visando um alvo que está lá adiante.
Esse fator não difere para todos os demais aspectos de nossas vidas. Quando estabelecemos uma meta, devemos lembrar que para tanto há dificuldades, obstáculos, tentações que colocarão à prova sua persistência em objetivar seus planos. Quantas vezes você já não pensou em desistir daquilo que almejava, ou até mesmo abandonou aquela viagem de férias, ou então resolver iniciar uma atividade física? 
Pois bem amigos, como o próprio poeta descreve, sem sonhos morremos, pois são eles que nos motivam a correr atrás de tudo aquilo que desejamos, seja ele material, seja ele de ordem emocional. Não devemos parar de sonhar jamais, pois ele também afirma que se pararmos o mundo também parará. E se formos às raízes desse pensamento descobriremos que a afirmação é pura realidade. Se não fosse a ambição de inúmeros homens e mulheres ao longo de nossa história, talvez nem houvesse história.
Portanto, alimente seus sonhos, tenha sempre algum projeto por realizar. Jamais se acomode e se contente em ter tudo o que sempre quis, QUEIRA MAIS, uma vez que somos nós quem deferimos nossa própria sentença de morte, pois "o ser humano só morre quando deixa de sonhar".  

segunda-feira, 4 de julho de 2011

O Poder das Palavras

Quem alguma vez na vida já não ouviu a expressão "Palavras são como penas, uma vez jogadas ao vento é impossível recuperá-las por completo". Embora sua popularidade a faça um clichê, seu significado é demasiado relevante e merece uma boa e generosa dose de atenção e cuidado.
Estamos na era da informação, na qual a tecnologia nos serve uma farta variedade de opção quando o assunto é se comunicar. No entanto, se não observados inúmeros cuidados, pode-se tornar desastrosa experiência. Cada palavra expressada à sua maneira gerará um leque de interpretações, para tanto basta atentar para as chamadas redes sociais. O que antes era feito pessoalmente, como conhecer outros indivíduos e estabelecer vínculos de amizade, hoje se dá através de uma máquina, seja ela seu computador, seja seu telefone celular com aquela gama de aplicativos de internet. E as palavras - através desses aparelhos - parecem ora ter perdido um pouco de seu significado, ora ter ganho uma intensidade absurda em seu significado. Já não conseguimos mais distinguir quando uma pessoa está de bom humor ou irritada, salvo quando se utilizam os tais "emoticons", e ainda assim, não se está plenamente seguro daquilo que foi dito.
Quem aqui não lembra das boas e velhas cartas? Quantos de nós passamos parte da infância e adolescência colecionando papéis de carta? Nesse tempo tudo parecia mais simples, sem falar no charme e romantismo que nos brindava àqueles momentos de longas conversas ao pé da mesa ou embaixo de uma floreira. Hoje, tudo se baseia nas já mencionadas redes sociais. Será que é possível resgatar aqueles momentos do passado?
As palavras continuam as mesmas, seus significados conotativos ou denotativas não foram modificados ao longo do tempo, o problema está em quem os utiliza. Uma palavra pode salvar uma vida, como acontece em um instituto mineiro de tratamento à pacientes oncológicos. Através de um aplicativo na rede social "Facebook" você manda mensagens de apoio para os pacientes em tratamento, e essas são repassadas àqueles através de um telão instalado na sala onde ficam durante os procedimentos. No entanto, uma palavra pode acabar destruindo o pouco que ainda resta de outra vida, se dita de forma rude ou com a intenção de disseminar o mal. 
Acredite caro leitor, as palavras contém em si um poder que apenas se conhece quando somos atingidos por essas. Tanto na qualidade de receptores quanto na qualidade de emissores, devemos ter o cuidado de refletir sobre aquilo que será dito, quem receberá sua mensagem e, para mim o principal, de que maneira você quer que essa mensagem chegue até o seu alvo. Qual a interpretação que você quer que a outra pessoa tenha? Para tanto, você deve interpretar a sua própria mensagem e avaliar se essa não corre riscos de desvirtuamento ao longo de seu trajeto. 
É preciso falar sim e cada vez mais, pois toda essa comodidade que acompanha a modernidade nos tem feito sedentários até mesmo com a arte de usar as palavras. Para não corrermos o risco de infartarmos pela falta de comunicação tradicional devemos, contudo praticá-la. Acredite no poder das suas palavras!

sábado, 2 de julho de 2011

Qual é a sua música?

Seja uma melodia, seja uma letra, esses elementos, combinados ou isolados, exercem uma imensa influência sobre nossas vidas. Nos emocionamos, nos entristecemos, nos alegramos, tudo porque somos dotados de razão. Possuímos a capacidade de raciocínio e sentimento, e é exatamente nesses pontos que a música age.
Qual a sua música? Sim, todos temos, ao menos, uma música com a qual nos identifiquemos. Outros ainda, assim como eu, possuem diversos sons, consoante cada momento de suas vidas. E pode um pensamento, uma filosofia ser alterada em função de uma música? Exemplos é que nos sobram, entretanto faço questão de contar o meu próprio, pois, no mínimo, é interessante, salvo toda e qualquer pretensão.
Sempre fui uma apaixonada por música,independente do seu estilo, pois o que me chamava a atenção era a combinação de sua melodia com uma letra que expressasse algum significado. Desde meu 14 anos, minha maior influência musical foi a banda Nenhum de Nós, suas letras sempre refletem algum momento da minha vida, seja ele alegre, seja ele triste. Contudo, conforme fui ficando mais velha e amadurecendo meus pensamentos, percebi outros estilos, outras letras, outras melodias. Também, o mal de todo adolescente da minha geração era fixar em algo, ou alguém, e fechar-se para todo um mundo existente fora de sua bolha juvenil. Descobri, através dos meus melhores e piores momentos, a identificação com músicas de bandas como The Fray, Foo Fighters, U2, Nickelback, OQuinto, Papas da Língua, Armandinho, Alemão Ronaldo, Fresno, Jota Quest, Skank, entre tantos outros que se me atrever a listá-los, cometerei fatais erros em esquecer alguém. Vejam como meu taste musical é variado, sem preconceitos estilísticos.
Recentemente, música de uma banda, não tão recente assim, me fez perceber, em meio a uma crise existencial aos 26 anos de idade, como perdemos tempo com futilidades, com brigas e discussões sem sentido. Deixamos, várias e não poucas vezes, de aproveitar o nosso tempo com a família - nossa base e essência- e amigos, além de perdermos inúmeras oportunidades de fortalecer nossos laços com pessoas queridas e especiais em nossas vidas. Essa é a tradução para a letra de "Cronologia", da banda OQuinto. 
Por que não pararmos para refletir sobre como administramos nosso tempo, pois esse possui o mesmo período de duração para todo e qualquer ser vivo. Então por que a diferença entre aqueles que conseguem tirar o máximo de proveito e aqueles que mal conseguem separar um tempo para realizar uma refeição  saudável e tranquila? 
Este é o motivo dessa música ser um diferencial para mim, e sei que a partir daqui o será também para muitos outros. "O tempo não volta", e o que você tem feito? Qual é a sua música e o que ela diz sobre você e sua vida? "Faça hoje o amanhã..."