segunda-feira, 4 de julho de 2011

O Poder das Palavras

Quem alguma vez na vida já não ouviu a expressão "Palavras são como penas, uma vez jogadas ao vento é impossível recuperá-las por completo". Embora sua popularidade a faça um clichê, seu significado é demasiado relevante e merece uma boa e generosa dose de atenção e cuidado.
Estamos na era da informação, na qual a tecnologia nos serve uma farta variedade de opção quando o assunto é se comunicar. No entanto, se não observados inúmeros cuidados, pode-se tornar desastrosa experiência. Cada palavra expressada à sua maneira gerará um leque de interpretações, para tanto basta atentar para as chamadas redes sociais. O que antes era feito pessoalmente, como conhecer outros indivíduos e estabelecer vínculos de amizade, hoje se dá através de uma máquina, seja ela seu computador, seja seu telefone celular com aquela gama de aplicativos de internet. E as palavras - através desses aparelhos - parecem ora ter perdido um pouco de seu significado, ora ter ganho uma intensidade absurda em seu significado. Já não conseguimos mais distinguir quando uma pessoa está de bom humor ou irritada, salvo quando se utilizam os tais "emoticons", e ainda assim, não se está plenamente seguro daquilo que foi dito.
Quem aqui não lembra das boas e velhas cartas? Quantos de nós passamos parte da infância e adolescência colecionando papéis de carta? Nesse tempo tudo parecia mais simples, sem falar no charme e romantismo que nos brindava àqueles momentos de longas conversas ao pé da mesa ou embaixo de uma floreira. Hoje, tudo se baseia nas já mencionadas redes sociais. Será que é possível resgatar aqueles momentos do passado?
As palavras continuam as mesmas, seus significados conotativos ou denotativas não foram modificados ao longo do tempo, o problema está em quem os utiliza. Uma palavra pode salvar uma vida, como acontece em um instituto mineiro de tratamento à pacientes oncológicos. Através de um aplicativo na rede social "Facebook" você manda mensagens de apoio para os pacientes em tratamento, e essas são repassadas àqueles através de um telão instalado na sala onde ficam durante os procedimentos. No entanto, uma palavra pode acabar destruindo o pouco que ainda resta de outra vida, se dita de forma rude ou com a intenção de disseminar o mal. 
Acredite caro leitor, as palavras contém em si um poder que apenas se conhece quando somos atingidos por essas. Tanto na qualidade de receptores quanto na qualidade de emissores, devemos ter o cuidado de refletir sobre aquilo que será dito, quem receberá sua mensagem e, para mim o principal, de que maneira você quer que essa mensagem chegue até o seu alvo. Qual a interpretação que você quer que a outra pessoa tenha? Para tanto, você deve interpretar a sua própria mensagem e avaliar se essa não corre riscos de desvirtuamento ao longo de seu trajeto. 
É preciso falar sim e cada vez mais, pois toda essa comodidade que acompanha a modernidade nos tem feito sedentários até mesmo com a arte de usar as palavras. Para não corrermos o risco de infartarmos pela falta de comunicação tradicional devemos, contudo praticá-la. Acredite no poder das suas palavras!

2 comentários:

  1. Olá Paula, tudo bem? Sou o @PsKo_DoIdO do twitter, beleza? Concordo com seu texto e você puxou a ponta de uma iceberg incrível... A comunicação no passar das decádas foi alterada de forma rápida e absurda e o sentido e entonação das palavras não tem mais o valor que tinha antes desta revolução digital. Hoje vivemos em dois mundos o real e o digital onde há pessoas que vivem em um ou em outro e esses que não decidiram ou não querem decidir estão fadados a exclusão digital, pois não querem saber ou não tem o conhecimento ou os excessivamente digitais sujeitos a exclusão social real pois vivem em plataformas digitais sendo o que não são ou sendo o que gostariam de ser atrofiando ou não, pois posso estar errado e atrasando a evolução, uma geração que não sabe o que é andar de bicicleta, brincar, correr etc.. e também deixando desinformada e alienada a geração dos excluídos digitalmente... sem noção dos acontecimentos mundiais, sem informação e crescimento.
    Sábios são os que seguem o conselho da vovó, tudo que é demais faz mal e vivem no limbo entre os dois mundos e sabem mensurar tudo sem se prejudicar, crescendo e fazendo crescer, expondo suas idéias e tornado-as possíveis e realizáveis.

    Um abração,

    Rafael Chaplin
    @PsKo_DoIdo

    ResponderExcluir
  2. Querido Rafael, esse é o real sentido do meu texto. Não podemos evitar a evolução e a revolução da informação que está ocorrendo independente do nosso querer, no entanto devemos sim mensurar as doses tecnológicas que absorvemos todos os dias sem esquecer do essencial, daquilo que formou nossa base. Continue acompanhando o blog, muitas outras histórias e reflexões ainda estão por vir, e quando quiser colaborar é só mandar um email p/ mim: paulapossa@hotmail.com ou deixar teu comentário.
    Um beijo, serenidade e leveza =)

    ResponderExcluir